Fonte: Virta Comunicação Corporativa
Confira artigo de Reinaldo Lovetro, diretor de Vida e Produtos da Willis Towers Watson
O plano de assistência odontológica no Brasil apresenta um crescimento consistente, passando de 18.5 milhões de vidas em 2012 para 27.2 milhões em janeiro de 2021, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que representa um volume 47% maior neste período de quase 10 anos, em comparação com os planos médicos/hospitalares, que no mesmo período se mantiveram estáveis com 47.8 milhões de vidas em 2012 e 47.7 milhões de vidas em janeiro de 2021. O segmento é bastante promissor e vislumbramos muitas oportunidades de avanços nos próximos anos tanto no mercado corporativo quanto individual.
Para atender a necessidade de usuários de planos médicos, o mundo ideal seria ter um pacote completo de serviços de saúde, que inclua odontológico e seguro de vida. Pesquisas recentes com empresas do ramo indicam que 98% das organizações oferecem planos odontológicos de forma compulsória custeado pelo empregador ou em forma de adesão, no qual o custo pode ser pago parcial ou integralmente pelo próprio colaborador. Os dados mostram ainda que, atualmente, 60% dos modelos de contratação são por adesão e 40% compulsório. Tem se mostrado forte também a tendência de migração para o modelo de adesão em decorrência do cenário econômico do país e a necessidade constante de redução de custos no mercado corporativo.
Ainda de acordo com a ANS, 66% da população, o que representa 18 milhões de vidas, estão centralizadas nas seis maiores operadoras do mercado, estando a outra parte pulverizada em outras operadoras, que em sua maioria atendem em média 30 ou 40 mil vidas de forma regional. Esse fator ocorre por causa de aquisições constantes por parte deste grupo que lidera o mercado.
Esses números mostram a relevância que o plano odontológico vem ganhando e sua representatividade no cenário econômico, o que reforça a importância e preocupação das empresas na busca pela melhoria do bem-estar do empregado. Além disso, vemos que cada vez mais se torna primordial a interação de dados de saúde com o seguro de vida, o que cada dia ganha mais força por apresentar uma série de inovações e a possibilidade de ações corretivas que podem facilitar o dia a dia das pessoas e diminuir drasticamente os problemas relacionados à saúde.
Hoje, por exemplo, o câncer bucal é uma doença que está entre os 10 dos principais incidentes no Brasil, sendo o quinto que mais acomete o público masculino, responsável pela perda de aproximadamente 16.000 vidas por ano no país, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. Com uso e análise adequados dos dados, a doença pode ser detectada com antecedência, permitindo que várias ações de prevenção e tratamento sejam implementadas pelas empresas, e como consequência, contribuindo para a redução significativa desses casos.
A Willis Towers Watson tem investido em análise e inteligência de dados, avaliando profissionais de saúde e odontólogos para oferecer indicações e informações para seus clientes atuarem na busca por soluções, não apenas financeiras, mas no objetivo de prepará-las na missão de prover o bem-estar aos seus empregados. Nossa pesquisa “2021 Wellbeing Diagnostic”, apontou esta preocupação como uma forte tendência das empresas e de seus colaboradores, que é estabelecer prioridade na atenção do bem-estar não apenas físico, mas econômico e social de engajamento e, sem dúvida, fornecer o benefício mais apropriado para sua população também traz vantagem competitiva para as organizações, além de contar com uma força de trabalho mais saudável e produtiva.