O setor de planos privados de assistência exclusivamente odontológica supera seus números a cada ano e isso demonstra a importância da saúde bucal para os brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância desse segmento, de acordo com o “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2019 foram realizados 183 milhões de procedimentos odontológicos, ultrapassando a marca de R$ 3 bilhões com despesas assistenciais. No período, o setor passou a contar com mais de 25 milhões de beneficiários.

Entre 2014 a 2019, as ações preventivas foram as que apresentaram o maior crescimento: passaram de 47,2 milhões (32,9% do total) em 2014 para 80,8 milhões (44,2% do total) em 2019. Dentre as principais ações de prevenção estão aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada (35,4 milhões); atividades educativas individuais (15,5 milhões) e selantes por elemento dentário em menores de 12 anos de idade (660,7 mil).

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, os resultados positivos são animadores, pois demonstram que o segmento prioriza, educa e realiza ações de conscientização dos seus beneficiários sobre a prevenção de doenças. “Esse setor tem crescido a passos largos nos últimos anos com a ampliação da rede de atendimento, o aumento do interesse dos canais de distribuição (como corretores e consultorias de benefícios) e desejo das empresas em ofertar aos seus colaboradores, além de contar com preços acessíveis”, explica Cechin.

Despesas odontológicas
O levantamento do IESS aponta que em 2019, o valor gasto pelos brasileiros com assistência à saúde odontológica foi de R$ 3,4 bilhões, número 31% maior em relação ao ano de 2014. Ainda na comparação com 2014, houve crescimento das despesas em todas as categorias, sendo maior entre os procedimentos preventivos, com alta de 58,7%, totalizando R$ 480,8 milhões de gastos.

Com o aumento do número de beneficiários e procedimentos, cresce também a preocupação com a qualidade da assistência oferecida em todo o país. Para isso, o setor tem inovado. “Operadoras de planos exclusivamente odontológicos têm investido cada vez mais em mecanismos de Inteligência Artificial para auxiliar a identificar lesões em radiografias, diagnosticar antecipadamente doenças bucais, associar resultados dos exames bucais a outras doenças, melhorar o conhecimento do perfil dos beneficiários e assim aprimorar a qualidade do atendimento”, aponta José Cechin. “Esse segmento também tem investido em instrumentos para detectar e apurar fraudes, desperdícios e abusos – como tratamentos excessivos e desnecessários ou com baixa qualidade”, completa Cechin.

Além do volume da produção assistencial e das despesas no período, o relatório apresenta um panorama da assistência odontológica no país e da satisfação dos beneficiários desses planos. O estudo completo pode ser acessado no link: https://bit.ly/EspeciaisIESS