Variedade, pluralidade, diferença ou algo que tenha multiplicidade. Estes são os significados encontrados, em uma rápida pesquisa, para definir a palavra diversidade. Vocábulo que está em voga no momento, mas que, infelizmente, ainda figura mais no campo das ideias e do discurso do que na prática. Intrinsecamente ligada à inclusão, a diversidade vem se configurando como uma ferramenta para melhorar a competitividade e até a lucratividade das empresas.

Em um país como o Brasil, que tem uma cultura diversificada, devido à influência de diversos povos como o português e de outras localidades da Europa, africanos, asiáticos e do Oriente Médio chega a ser inconcebível a discriminação que vemos por aqui em relação às mulheres, negros, pessoas com deficiências físicas ou mentais, comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais). No mundo globalizado, conectado, em constante transformação que vivemos hoje, não cabe mais a falta de respeito à individualidade. Precisamos aprender a conviver e, principalmente, respeitar ideias, culturas, histórias de vida, que não são iguais as nossas.

As diferenças tornam o mundo completo, interessante e dinâmico. Já imaginou se todos fossem iguais, gostassem das mesmas coisas, tivessem as mesmas ideias, seguissem o mesmo caminho? Como seria pobre, desinteressante e até chato. É a diversidade que nos permite aprender, evoluir. Respeito é o pilar fundamental para qualquer tipo de relacionamento. Como dizem: “você não precisa gostar de todo mundo, mas tem o dever de respeitar todos”, independentemente da orientação sexual, gênero, raça, nacionalidade, condição física ou mental, em todas as situações tanto pessoal quanto profissionalmente.

Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, denominada “Delivering Through Diversity”, que aborda a diversidade no ambiente corporativo, mostrou que investir em justiça social pode trazer também vantagens competitivas. Além disso, outros estudos apontam que empresas diversas, seja em termos de gênero, orientação sexual, etnia, têm ganhos maiores e melhores performances em relação àquelas que não se atentaram a esta questão. Para se ter uma ideia, 90% das empresas que configuram na lista da Fortune 500 têm políticas de diversidade e mantém grupos representativos.

O SINOG, atento a importância da diversidade à vida, há dois anos vem introduzindo e tratando o tema com mais atenção dentro do segmento da Odontologia Suplementar. Começou com a participação de Vania Ferrari, no SIMPLO 2018, que abordou a questão da necessidade de transformar os pensamentos e, consequentemente, o nosso meio, pois quando aprendemos a lidar com as diferenças, amplificamos nossos conhecimentos, ganhamos em diversidade e aumentamos a representatividade, é uma conta que sempre terá um resultado positivo. Já em 2019, Lorelay Fox, Youtuber e digital influencer, pontuou que a diversidade pode e deve ser usada como um diferencial entre as empresas, mas é preciso que os discursos estejam alinhados com as ações, afinal, as mudanças só tornam-se efetivas quando deixam de habitar o campo das ideias e transformam-se em realidade.

Seja pela criatividade, expansividade, comprometimento, talento, aptidão e tantas outras características que o ser humano possui, é fundamental que todos sejam inclusos, que tenham oportunidades. Vivemos a era da inclusão e como uma associação que representa uma categoria, sentimos a necessidade e a responsabilidade de colaborar no entendimento dessa questão importante. E, certamente, continuaremos agindo cada vez mais a fim de educar e demonstrar a nossa preocupação com esse tema que, na minha opinião, já deveria ter sido assimilado, entendido e incorporado à realidade de todos. Afinal, aprendemos e crescemos com as diferenças. 

*Geraldo Almeida Lima é presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo – SINOG