O setor de saúde suplementar não tem ainda todas as respostas sobre como se comportará no período pós pandêmico. Mas tem caminhos que devem ser trilhados para continuar garantindo à população atendimento de qualidade com responsabilidade, eficiência e sustentabilidade.

Uma análise mais profunda mostra que o esforço das operadoras de planos de saúde ajudou a minimizar o tenso quadro da Covid-19 junto à população brasileira. Foram cedidos mais de 800 leitos ao sistema público e doados cerca de R$ 50 milhões em equipamentos, medicamentos e apoio social. Tivemos ainda a contratação e treinamento de mais de 10 mil profissionais e a abertura de aproximadamente 2800 leitos, o que corresponde à antecipação de hospitais inteiros. O SUS e a saúde suplementar foram colocados à prova e mesmo com todos os percalços, unidos, vêm passando por ela com sucesso.

Agora é a hora de olhar para a frente e aproveitar essa experiência para realizar mudanças importantes que já vinham sendo discutidas no setor. Estão nesse rol a necessidade de uma legislação clara, uma integração efetiva entre o setor público e privado e a abertura para a inovação, como inteligência artificial e Big Data, que vão colaborar com insights que beneficiarão todo o sistema de saúde e principalmente a sociedade.

Além dessa discussão sobre o futuro pós Covid, a revista Visão Saúde também levanta o tema da judicialização nessa área e como o Conselho Nacional de Justiça vem tratando o tema, buscando capacitação e especialistas para orientarem os catedráticos de uma forma mais efetiva sobre as demandas judiciais. Desse esforço, nasceu a plataforma e-NatJus, o núcleo de apoio técnico do judiciário.

Abordamos também o cenário dos planos odontológicos que vêm aumentando sua relevância nos últimos anos. Em 2021, por exemplo, foram adicionados dois milhões de novos beneficiários, reforçando o protagonismo desse mercado.

Mas, apesar dessa expansão, há anos o setor reivindica mudanças na legislação que rege o sistema de saúde complementar no país para que as operadoras exclusivamente odontológicas possam ter sustentabilidade em suas operações.

Uma questão de grande importância precisa ser mais discutida na sociedade brasileira: a depressão de pacientes infanto juvenis. Alertamos sobre o problema mostrando como ele pode afetar a saúde mental de crianças e adolescentes além da dinâmica familiar. Quanto mais for discutido, mais será fácil para os pais perceberem precocemente os sintomas e procurarem tratamento adequado.

Trazemos ainda informações sobre a reforma tributária que está sendo discutida no Congresso Nacional, com vertentes diferentes, e qual o impacto sobre o setor de saúde. E não menos importante avançamos na discussão da verticalização da saúde que, mesmo não sendo um modelo novo está cada vez mais em evidência.

Desejamos a todos uma boa leitura!