Sem saúde simplesmente não seguimos adiante, não realizamos sonhos, não colocamos projetos de pé. A cada dia que passa temos a certeza de que a saúde deve ser vista sob um prisma global, de forma a envolver todo o ecossistema.
Do corretor que vende o plano de saúde ao médico que realiza o primeiro atendimento, ao hospital e ao laboratório para onde os pacientes são encaminhados até a farmácia onde será feita a compra do medicamento, todos precisam ter em comum algumas prerrogativas. A principal delas é a inserção do beneficiário no centro do cuidado e entender que todos os elos da cadeia estão conectados e que a sustentabilidade do sistema depende disso.
Em síntese, essa foi a tônica do 27º Congresso da Abramge, que pode ser conferido na matéria de capa desta edição (1). O congresso, que marca história, é importante e ressalta o quanto a comunicação e inserir o beneficiário também nos debates que envolvam a temática pode contribuir para uma maior compreensão do uso do sistema.
O quesito preço é algo que precisa ser melhor discutido com o beneficiário. Compreender que todos estamos em um regime de mutualismo e que há um cálculo que estima o custo de um plano de saúde para as diversas faixas-etárias é importante. Por isso, convidamos Raquel Marimon, presidente do IBA (2), para nos explicar como funciona o cálculo atuarial.
Ainda na temática do custo saúde, temos uma matéria sobre o limiar de custo-efetividade (3) e a sua importância dentro da Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS). Dr. Cassio Ide Alves, superintendente médico da Abramge, destaca que o limiar é extremamente utilizado em outros países como instrumento de gestão, algo que poderia ser replicado com êxito no setor de saúde suplementar no Brasil.
Precisamos pensar que a saúde é tudo, inclusive coletividade, pois estamos todos sob os mesmos guarda-chuvas: saúde pública e saúde privada, que, em síntese, formam um só sistema de saúde, cujo objetivo é prover o cuidado necessário a quem procurá-lo. Essa também é a visão do Deputado Doutor Luizinho,que concedeu uma entrevista exclusiva para nós (4).
O futuro da saúde depende da sustentabilidade, do acesso, da consciência do consumidor dentre muitos fatores, mas, sobretudo, de nós, que atuamos no setor. O futuro é uma escolha e precisa ser desenhado agora. A frase do Edu Lyra,
fundador e CEO da Gerando Falcões, ilustra bem os próximos passos do futuro da saúde: “A gente não pode escolher o passado, mas pode escolher o futuro”. É para o futuro que agora caminhamos.
Boa leitura!