É evidente que a saúde suplementar possui um papel social muito maior do que se possa imaginar. Por isso, tudo o que impacte a saúde como um todo tem de ser muito discutido. A incorporação de novas tecnologias (2), desde que tenha a sua eficiência comprovada, traz benefícios à saúde, mas pode impactar no custo de todo um sistema constituído com base na coletividade entre as pessoas (mutualismo).

Já pudemos perceber que os desafios são inerentes ao setor de Saúde Suplementar. Desde sua regulamentação – e até antes dela – são muitos os percalços para tentar garantir um serviço de qualidade à altura das necessidades da sociedade.
É evidente que a saúde suplementar possui um papel social muito maior do que se possa imaginar. Por isso, tudo o que impacte a saúde como um todo tem de ser muito discutido. A incorporação de novas tecnologias (2), desde que tenha a sua eficiência comprovada, traz benefícios à saúde, mas pode impactar no custo de todo um sistema constituído com base na coletividade entre as pessoas (mutualismo).

Muitas vezes, o aumento do plano não ocorre porque a operadora visa lucro, mas sim porque ela precisa buscar o equilíbrio para reajustar valores em decorrência da entrada de novos procedimentos. Precisamos lembrar disso a todo momento. A saúde suplementar é paga por cada beneficiário e é natural que o valor pago seja equivalente ao que se tem à disposição. Ninguém paga por uma bala e sai com uma caixa sortida de um mercado.

Por isso, procuramos explicar o impacto do preço e as distorções com relação ao que é aplicado à saúde pública e à saúde suplementar. Hoje, o dinamismo e a voracidade tecnológica fazem com que tenhamos novidades constantemente. Ao encontro das novas tecnologias e da precificação está o arcabouço legal da CMED, que data de mais de 20 anos e carece de atualização, que é, inclusive, um dos desafios de Daniela Marreco (3) à frente da CMED. É fato que a saúde suplementar evita a sobrecarga do sistema público e o diálogo para ampliar a acessibilidade é um dos propósitos da gestão de Gustavo Ribeiro na Abramge (4).

De um lado há pleitos que envolvem outros órgãos e, de outro, há também necessidades de melhorias a serem desenvolvidas pelo setor. O primeiro curso de Acreditação de Operadoras (5), que será realizado pela UCA, tem como objetivo trabalhar a gestão das operadoras para melhorar a jornada dos consumidores.

Ampliar o acesso da população e a sustentabilidade do setor não é algo fácil, depende de muito diálogo, persistência e conscientização. É isso que estamos nos propondo nas próximas páginas e com todo o nosso trabalho.

Boa leitura!