Pouco se fala sobre a grandiosidade do sistema de saúde suplementar. É importante pararmos para refletir em como seria um dia da saúde pública se os planos de saúde não realizassem os 3 milhões de exames laboratoriais e de imagem e as 25 mil internações hospitalares. Esses números são diários e representam a demanda atendida em todo o Brasil a partir dos planos de saúde.

O sistema de saúde suplementar brasileiro atravessa um momento de transformação e desafios sem precedentes. Mesmo em meio às diversas batalhas que, muitas vezes, podem dificultar o pensamento em mudanças e inovações, as operadoras de saúde mantêm o foco no cuidado com paciente.

A quem está sob o guarda-chuva da saúde suplementar está resguardado o acesso ao atendimento de qualidade. Importante ressaltar que o sistema tem como fundamento o mutualismo, em que todos pagam enquanto alguns utilizam. Dessa
forma, quando chegar a sua vez, estará resguardado o seu direito. Foram esses alguns dos pontos discutidos durante o seminário “Saúde suplementar: Acesso e Sustentabilidade, promovido pela Abramge e o Estúdio Folha (1).

É em torno do cuidado com o paciente que todas as mudanças orbitam. Inclusive, o atendimento e a acessibilidade ao plano de saúde têm sido uma preocupação da ANS, especialmente da DIPRO, cujo diretor é Alexandre Fioranelli (2), que conversou conosco sobre a necessidade de oferecer assistência com qualidade e facilidade de acesso aos brasileiros.

Como para tudo as regras são necessárias, na saúde suplementar, inclusive visando o equilíbrio e sustentabilidade do setor, elas são fundamentais para o cumprimento de direitos e deveres. Nesse sentido, a avaliação das tecnologias da saúde, conforme a Clarice Petramale (3) simboliza uma ferramenta de transparência, ao mesmo tempo em que
disponibiliza algo em que custos, segurança e eficácia são avaliados e equalizados. Tudo orbita em torno do equilíbrio.

Não podemos deixar de incluir a odontologia suplementar, com o exímio atendimento aos beneficiários. Não à toa que a SINOG (4), liderada por Roberto Cury, está à frente do simpósio que se tornou referência na América Latina.
Ainda pensando no equilíbrio, retratamos a questão do piso da enfermagem.

Não discutimos a remuneração, mas sim o impacto dela lá na outra ponta, pois reflete no custo do serviço de saúde ao consumidor. Devemos sempre lembrar que nosso setor cuida de pessoas, conforme ressaltado por Fred Borges, da Abramge (5).

É preciso exercitar o olhar ao setor de saúde suplementar sob outro prisma. O movimento Todos por Todos com Muita Saúde, idealizado pela Abramge, que foca em estratégias para melhorar esse entendimento, é um exemplo. Outra parte
importante é o acesso à informação. É isso que estamos fazendo.

Boa leitura!