O SINOG, Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo, acaba de finalizar o estudo do mercado intitulado “Cenário Saúde”. De acordo com o levantamento, o segmento odontológico tem apresentado resultados positivos e um crescimento consistente desde 2013, apesar do cenário macroeconômico adverso que o país já enfrentava naquele período. Em março deste ano, quando a pandemia foi decretada no mundo, o número de beneficiários chegou a atingir a marca de 26 milhões – um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

A entidade – que representa 77,3% das operadoras de planos odontológicos nas modalidades de Odontologia e Medicina de Grupo do Brasil -, avalia que as perspectivas de crescimento do segmento serão afetadas pela chegada do episódio da COVID-19, ainda que em menor grau que os planos médico-hospitalares. Para o segmento odontológico, a previsão é de apenas 0,6% de crescimento entre o primeiro e segundo trimestre de 2020, enquanto o segmento médico-hospitalar terá redução de 0,42%. Entre 2013 e 2019, o mercado de planos exclusivamente odontológicos cresceu anualmente, em média, 6%. Para o primeiro trimestre de 2021, a expectativa é de 1,5% de crescimento, a menor dos últimos seis anos. 

Segundo Marcos Novais, superintendente-executivo do SINOG, desde 2014 o crescimento do mercado de planos odontológicos está amparado no desempenho dos planos coletivos empresarias. Ou seja, planos que são contratados pelas empresas como benefício aos seus colaboradores. Eles representam 76% de crescimento apenas neste tipo de contratação. O restante do crescimento de beneficiários é atribuído aos planos do tipo coletivo por adesão e individual familiar, 13% e 11% respectivamente.   

Universo do estudo 

O crescimento dos planos odontológicos está sustentado nos planos do tipo coletivo empresarial e coletivo por adesão. Os planos coletivos por adesão, ou seja, os contratados por pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, como conselhos e sindicatos, foram os que apresentaram maior crescimento percentual quando comparado o primeiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2020, com aumento de 10,6% (acréscimo de 244 mil beneficiários). Os planos do tipo coletivo empresarial apresentaram crescimento de 7,5% neste mesmo período, o que corresponde a 1,3 milhão de indivíduos. Os planos do tipo individual/familiar apresentaram ligeira contração, com queda de 0,8%, o que reflete a saída de 53 mil beneficiários. 

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