Dados atuais disponibilizados pela ANS revelam que um dentista é proporcionalmente responsável pelo cuidado de 550 bocas. Contudo, maioria dos brasileiros não vai o dentista regularmente e 11% nunca frequentou consultórios odontológicos, conforme aponta IBGE. 

De acordo com o Presidente da SINOG, Roberto Cury, estudos comprovam que um número ideal gira em torno de 1 dentista para mil pessoas. Apesar da boa proporcionalidade, tomando por base uma população de 210 milhões de cidadãos, é possível constatar que o país que registra o maior número de dentistas do mundo enfrenta, ainda, problemas de acesso e distribuição equilibrada de profissionais entre os estados da federação. 

No segundo semestre de 2022, o recorde de 30 milhões de vidas asseguradas por planos exclusivamente odontológicos, informado pela ANS, comprova taxas de crescimento em todos os estados, tanto na modalidade individual quanto empresarial. Embora os 26 estados da Federação registrem boa adesão aos tratamentos de saúde via planos odontológicos, os melhores resultados estão condensados nos estados de Minas Gerais (310.378 novos usuários, ou expansão de 11,47%), São Paulo (857.841 e 7,84%) e Rio de Janeiro (176.842 e 5,03%). 

Essa conjuntura faz suscitar os problemas sociais envolvidos na garantia da saúde bucal aos brasileiros.  De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o estado com maior número de cirurgiões dentistas é São Paulo, com 109.137 profissionais, ao passo que o menor número é identificado no estado de Roraima, com 1.107 — aproximadamente 98 vezes menor.  Conforme mostra o mapa abaixo, a maior parte dos profissionais tende a concentrar-se nos estados mais populosos. 

 

                                                                          Fonte: Conselho Federal de Odontologia (acessado em 11/11/22)


Com um número total de 67.228 de Entidades Prestadoras de Assistência Odontológica, somente a região Sudeste possuí mais da metade das clínicas, com aproximadamente 51,6%. Ainda, o IBGE afirma que 55% da população não vai ao dentista com regularidade e 8 milhões de brasileiros acima dos 30 anos usam prótese dentária. 

Colocando os números em perspectiva, percebe-se que a distribuição dos serviços de saúde bucal é geograficamente desigual. Esse é um panorama que reforça a importância dos planos odontológicos frente a missão de promover acesso à saúde dos dentes e a retomada dos cuidados com a boca.