A recessão afetou duramente as operadoras de convênios médicos no Brasil, com perda de beneficiários decorrente das altas taxas de desemprego. Um segmento da área de saúde suplementar, no entanto, tem continuado a crescer, mesmo diante de turbulências econômicas e políticas: o dos planos odontológicos. Esse mercado movimentou R$ 3 bilhões no ano passado e conta com 22,5 milhões de beneficiários no país, segundo o estudo “Valor Análise Setorial – Planos Odontológicos”, que será lançado amanhã.

O número de usuários dos planos dentais cresceu 7,5% nos 12 meses encerrados em março deste ano, informa o estudo. No mesmo período, os convênios médicos tiveram redução de 2,3% no total de beneficiários – cerca de 1,1 milhão de pessoas a menos.

Além de exigir um desembolso menor, o plano dental vem sendo valorizado como benefício oferecido pelas empresas aos seus funcionários. O perfil de sinistralidade em odontologia também é mais favorável.

Nos convênios médicos, o aumento da idade dos beneficiários e a incorporação de novas tecnologias mais caras têm elevado os custos. Segundo a Análise Setorial, na odontologia a expansão se dá principalmente pela incorporação de pessoas sem histórico de cobertura anterior. Com isso, o custo de assistência cresce no início, mas depois “é reduzido até atingir um patamar de manutenção”.

De 2000 até março de 2017, o número de operadoras odontológicas em funcionamento recuou 48,5%.

A Análise Setorial traça um perfil detalhado das principais companhias desse mercado, como Odontoprev e Amil Dental. Mostra dados como breve histórico, composição acionária, segmentos de negócios, desempenho (operacional e financeiro), tipos de planos oferecidos, rede credenciada, canais de distribuição, investimentos, fontes de financiamento e principais estratégias.

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