O número de planos odontológicos de 398 operadoras atualmente ativas registrou um aumento de mais de 1,75 milhão de beneficiários. Em setembro de 2017, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), haviam 22,29 milhões. Hoje, ainda segundo a instituição, esse número chegou a 24,05 milhões. Ante a agosto deste ano, o aumento registrado foi de 1,02%.

Por outro lado, o setor de saúde suplementar – planos privados gerais, não somente odontológicos – registrou estabilidade em comparação ao ano passado. Em setembro deste ano haviam 47,34 milhões de beneficiários para 754 operadoras ativas, enquanto no mesmo período de 2017 foram registrados 47,23 milhões. Em comparação a agosto, a variação foi de apenas 0,21%.

Razões
Quanto as razões do considerável crescimento de adesão aos planos odontológicos, Marcos Novais, economista do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (SINOG), comentou que “a previsibilidade e a segurança que este tipo de plano oferece ao beneficiário, a um preço acessível, com ampla rede de atendimento e às diversas coberturas contratadas, associada à satisfação dos clientes, são alguns dos principais fatores que corroboraram”.

Segundo Luiz Fernando Varrone, presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), por mais interessante que seja a oferta de determinados planos de saúde bucal, os beneficiários precisam ficar alertas quanto a empresa ofertante. “É essencial pesquisar sobre antes de contratá-la, para garantir que haverá um serviço realmente de qual idade e que atenda da melhor forma as necessidades do cliente”, recomendou. 

De acordo com o departamento de economia do SINOG, o aumento registrado pela ANS foi impulsionado principalmente pela faixa etária de pessoas com 59 anos ou mais. Entre junho de 2017 e julho deste ano, segundo a análise feita pela empresa, houve um acréscimo de 17% nas adesões dentro deste grupo.  Para Geraldo Almeida Lima, presidente da instituição, tal mudança de comportamento serviu para demonstrar a conscientização deste público em relação aos cuidados com a saúde bucal, pois “em algum momento da vida as pessoas poderão ter algo sério que exigirá a intervencão de um cirurgião-dentista”.

Por esta razão, segundo ele, é importante ter hábitos preventivos para tratar os dentes, pois, se todos os problemas forem identificados e tratados ainda no começo, “menor será a possibilidade de haver complicações que podem doer não só na boca, mas no bolso também”. “Não é aconselhávea deixar o quadro evoluir para um problema crônico, que poderia ter sido evitado”, ressaltou. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *