A sustentabilidade da Saúde Suplementar no Brasil é um tema que permeou os recentes eventos das entidades representativas dos planos de saúde, como a ABRAMGE e o SINOG, e seus respectivos diálogos com as empresas do setor, o órgão regulador e Poder Judiciário. Nesta edição trouxemos assuntos relevantes que trazem à reflexão a questão de como manter a dicotomia de crescimento e elevação de despesas.
Dado o impacto financeiro e operação da incorporação de novas tecnologias em saúde, é um desafio para os gestores escolher qual delas deve ser incorporada e quando isso deve ocorrer. Assim, é necessário contar com um processo de avaliação baseado em critérios transparentes e objetivos. Nesta edição buscamos analisar o processo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Conitec) do Ministério da Saúde e estabelecer diálogos com os principais atores dessa dinâmica: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e especialistas em saúde e regulação.
Estrutura, indicação e seleção de temas, condução da revisão de evidências, uso de Avaliação Tecnológica em Saúde (ATS) na tomada de decisão, produtos do programa de ATS, divulgação e transparência são alguns dos eixos que nortearam nossa matéria de capa. Apesar dos avanços, a incorporação de tecnologias em saúde no Brasil ainda busca consolidar mecanismos e consensos para a melhoria contínua e sustentável do setor.
A desproporcionalidade de multas para operadoras odontológicas levanta a necessidade de discussão aprofundada com a ANS para garantir que os mecanismos regulatórios sejam cumpridos de modo a respeitar as boas práticas de conduta, mas equalizando procedimentos para evitar que se torne impossível oferecer o adequado atendimento ao beneficiário. Confira a experiência de representantes de planos odontológicos e a opinião de especialistas em direito que têm atuado na defesa das operadoras.
Construir novos modelos de remuneração baseados em valor de saúde parece ser um caminho para relações mais maduras entre operadoras de planos médico-hospitalares e odontológicos, profissionais e redes credenciadas. Confira as experiências no estabelecimento de novas possibilidades com seus prestadores e o impacto desses desdobramentos para o beneficiário.
Em artigo exclusivo, o Diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, e Ana Paula Cavalcante, gerente-executiva de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade da ANS, apresentam propostas e análises do programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde da agência que busca estruturar os pilares da atenção primária em saúde como verticais de mudança para um modelo centrado na saúde do paciente.
Boa Leitura!